Olhos petrificados: o redentor está em guerra. À sombra de seus braços alvos, há sombra na face de todos os alvos. A fumaça branca sobe para tocar suas mãos e, espere! ... toda redenção, enfim, é branca. Por baixo do seu manto, entre os dedos de seus pés. Há uma obra de arte nascendo pela ponta de seu calcanhar. Às suas costas, tingem-se os morros. O vermelho é sangue. O sangue é negativo. “O-“. Estamos precisando de sangue O, o doador universal. Querem salvar o mundo com o gatilho de uma pistola. Quero te marcar com as balas do meu fuzil. Eu trabalho para o governo. Eu sirvo à sociedade. Eu acredito em Deus. Eu rezo todos os dias; eu peço redenção. Embaixo do seu nariz, pinta-se a Guernica brasileira. É quase janeiro, no Rio de Janeiro. Logo, em cimento, nossa estátua da Liberdade pode sorrir: de braços abertos, é carnaval no redentor.
3 comentários:
Nossa Le!!! Gosto muito do seu estilo literário!! Obrigado por compartilhar seus textos conosco! Atraves deles podemos conhecer um pouquinho mais desse universo que se esconde por trás dos seus olhos de Capitu... Bjoss menina! ^^
Olhos de Capitu? Ai, me senti a Capitolina agora. Adorei! Obrigada, Chris! ;)
Let... eu estou, como sempre, perplexa diante de suas palavras, da vida, de tudo. Vai publicar quando o livro? Quero autógrafo e foto com a escritora. Bacio, fiore.
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