Olhos petrificados: o redentor está em guerra. À sombra de seus braços alvos, há sombra na face de todos os alvos. A fumaça branca sobe para tocar suas mãos e, espere! ... toda redenção, enfim, é branca. Por baixo do seu manto, entre os dedos de seus pés. Há uma obra de arte nascendo pela ponta de seu calcanhar. Às suas costas, tingem-se os morros. O vermelho é sangue. O sangue é negativo. “O-“. Estamos precisando de sangue O, o doador universal. Querem salvar o mundo com o gatilho de uma pistola. Quero te marcar com as balas do meu fuzil. Eu trabalho para o governo. Eu sirvo à sociedade. Eu acredito em Deus. Eu rezo todos os dias; eu peço redenção. Embaixo do seu nariz, pinta-se a Guernica brasileira. É quase janeiro, no Rio de Janeiro. Logo, em cimento, nossa estátua da Liberdade pode sorrir: de braços abertos, é carnaval no redentor.